domingo, 3 de abril de 2011

Desapego

Amar a vida é um dia depois do outro.
Principalmente quando não conseguimos o que tanto queremos.
E não conseguir por vezes é o normal...
No Caminho nos batemos com valores que não são os milenares...
No mundo consumista, das relações pela internet, do amor que se baseia em interesses, da insatisfação enquanto estiver com o coração pulsando...
O desapego é um valor que não é visto com positivo.
A reciprocidade é o segredo psicanalítico?
Será que desligar- se da materialidade é um indício da loucura, do fracasso, ou pode ser uma forma de transcender?
Será a caminhada um vale de lágrimas, depende de como sentimos o frio e a chuva?
Nosso humor muda com remédios, bebidas e drogas?
Estamos nos enganando pela televisão e pelo discurso do eterno novo?
Encontramos pensamentos profundos que nos estimulam:

"Ame a vida; não a ames, porém, pelos prazeres vulgares e pelas ambições miseráveis.
Ama-a pelo que encerra de grande, de divino; ama-a, porque é a arena do mérito, porque é agradável ao Onipotente, porque lhe é gloriosa e necessária; ama-a apesar das suas dores e pelas próprias dores, pois são elas que enobrecem, visto que fazem germinar, crescer e fecundar os pensamentos generosos e os generosos desejos." (Silvio Pellico)

Sobre pensamentos generosos e desejos o que será que o filósofo quis dizer?
O que será generoso?
Qual é a arena do mérito?
Desenvolver o desapego é uma forma de afiar a espada que dá a vida em abundância...

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