No Caminho ouvindo Cartola, imerso nas memórias da vida repleta de nuances e confrontado com o aqui e agora uma tensão aflora como um grito na madrugada urbana e gelada e sangrenta invisível.
Tem alguém no século XXI que tenha um conceito claro do que os poetas de épocas poderosas chamam de inspiração?
Nietzsche em Ecce Homo apresenta sua oferta para o fim do século XIX com a seguinte descrição:
Se porventura se conserva o mínimo vestígio de superstição, seria difícil rechaçar de fato de ser mera encarnação, mero porta voz, mero medium de forças superiores.
A noção de revelação , no sentido de que, de repente, com uma segurança e uma fineza indizíveis, se deixa ver, se deixa ouvir algo, algo que comove e transtorna qualquer um no mais profundo, descreve simplesmente a realidade dos fatos.
Ouve- se, não se procura; toma- se, não se pergunta quem dá, como um relâmpago refulge um pensamento, com necessidade, sem vacilação na forma- eu pessoalmente nunca tive de escolher.
Um êxtase, cuja extraordinária tensão se resolve às vezes numa torrente de lágrimas, no qual algumas vezes o passo se precipita involuntariamente e outras vezes se torna lento...
segunda-feira, 26 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
De Sêneca e outros
No Caminho ao observar- se com os zumbidos, o corpo só, a mente se confrontando com a busca de respostas, ou quais questões agora?
Lágrimas, frio, solidão, dor de cabeça, fastio, paracetamol.
Pode ser música, desabafo, vontade de socar, o indizível, urrar e o Deus único deve ser compassivo.
O amor, a lascívia, cumplicidade , compromisso, terra, lama , vento e gritos do Vazio, uma sensação de plenitude quanto estamos juntos, será um sonho?
Evitar o escoamento do tempo sem que tenhamos a plena consciência de que está se aperfeiçoando em seus objetivos antes da hora certa acontecer.
O bem em que a honestidade exige avareza é o conselho sobre a perda de tempo que apregoa Sêneca quando filosofa sobre a brevidade da vida.
Será alguma fórmula entender que não temos tempo a perder, o aqui e agora é o que vale e será maravilhoso cada flor que admirarmos juntos?
A noite está gelada e a lâmina exige cuidado para não enferrujar.
No Caminho praticar bondade para evitar endurecer o coração e conseguir fluir a alma.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Descobrindo o Caminho
A louvar os sentimentos, a revelação, o aprendizado , a alegria e a dor da compreensão que tudo passa e acabará.
Seja precioso o que sintas e seja um perfume, um delicioso sabor, um orgasmo maravilhoso e as memórias de momentos únicos.
Seja precioso o que sintas e seja um perfume, um delicioso sabor, um orgasmo maravilhoso e as memórias de momentos únicos.
Independentemente da solidão profunda , do sabor de Lambrusco, Voce próxima ou inalcançável, continuaremos poeira cósmica, apaixonados, vorazes viventes enquanto o coração bater em busca de propósitos.
A história continua com a vontade de descobrir diariamente um sentido e todo e algum sorriso para aliviar a consciência .
Quero falar de amor, de paixão e carinho, carícias na nuca, um sentimento de pertencimento e união com Voce e explode algo maior que dois e nos preenche e a queremos eterna.
Como os ventos e o fogo passamos .
A história continua com a vontade de descobrir diariamente um sentido e todo e algum sorriso para aliviar a consciência .
Quero falar de amor, de paixão e carinho, carícias na nuca, um sentimento de pertencimento e união com Voce e explode algo maior que dois e nos preenche e a queremos eterna.
Como os ventos e o fogo passamos .
Marcadores:
Anhangava,
Autoconhecimento,
Borda do Campo,
Budismo,
Descoberta,
Divórcio,
Fernando Azeredo,
Fernando A. R. de Azeredo,
Paraná,
Poesia
sábado, 10 de maio de 2014
A nova cidade do velho
As mesmas ruas, novos trajetos, o olhar se desdobra nas possibilidades, ausências e significados diversos, no Caminho exercitar a serenidade para obtenção da Paz.
Pode ser um samba onde se canta a dolorosa noite sem Voce, a existência de um sorriso que não é direcionado a mim, ecoam todos os ardores do sereno frio na noite com poucos barulhos urbanos.
O velho e o novo se interpenetram .
O velho e o novo se detestam, se complementam, são a continuidade que a barbárie não consegue alcançar.
A necessidade do jovem , da ansiedade da conquista, dos milhões, a glória de superar a tudo e todos, a extrema competição levada como valor choca- se com a constatação de um Vazio da existência , a maravilha esgota- se na reflexão: de que vale isto ?
Como preenches o Vazio? Nunca se deu conta, não acredita, não o sente, não percebe, é melhor não pensar nisto, como resolvemos isto no Caminho?
Como preenches o Vazio? Nunca se deu conta, não acredita, não o sente, não percebe, é melhor não pensar nisto, como resolvemos isto no Caminho?
O desapego como a nulidade do querer, a sublimação do sangue que propõe- se a fazer o que os instintos ordenam , ou o que for preciso num juramento milenar.
O sentimento da cidade de sempre como descobertas e desafios , o rejuvenescimento ou velhice iluminada, os zumbidos soam como ruído do Universo, a quietude de sentir o divino.
O amor é um sentimento escaldante.
O amor é um sentimento escaldante.
O passar dos dias nos coloca em contato com a única certeza.
Marcadores:
Arte,
Autoconhecimento,
Fernando Antonio Rego de Azeredo,
Fernando Azeredo,
Música.,
Poesia,
Prazer,
Saudade,
solidão
terça-feira, 6 de maio de 2014
Eterno retorno
Onde estávamos?
Por que fizemos isto?
Qual o sentido da vida?
Um jurista pronunciou do alto de seus livros e da idade longeva, com o microfone ajustado para nos fazer chorar , que o mundo é decidido pela retórica, o poder quase infinito da persuasão .
Trememos e um desejo de abraço e dar a mão para alguém que nos acalentasse neste mundo fluido e inseguro dos homens e mulheres que pilham a confiança na bondade humana.
É além de meu controle mas este coração é duro e bom, apaixonado e covarde, ingênuo e maldito.
Será como sente- se agora, talvez uma música, um uivo na noite barulhenta do bairro nobre?
Gosto de imaginar Voce feliz, desfrutando a alegria das conquistas , da paz de espírito, de um sono reconfortante e curativo .
Desejo a Voce todas as luzes que emanam deste coração flamejante no corpo envelhecido e inquieto, da mente insaciável um sopro de tranquilidade protetora.
Marcadores:
Autoconhecimento,
Fernando Azeredo,
Fernando Antonio Rego de Azeredo,
Poesia,
solidão
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Símbolo montanha
As palavras emergem com imensa dificuldade.
Cada vez mais só, o Caminho aproxima a iluminação e tudo faz sentido se alguma profecia se cumprir.
Por certo sobreviver a si mesmo é o mais desafiador no mundo voraz, insano, com o sentido que lhe imprimimos cada vez mais esfumaçado e tenso.
Só pensar em Voce exclusivamente, o tempo lhe coloca em frente de si mesmo, egoista, individualista, somente no que lhe diz respeito.
Fortaleça- se, todas as suas artes devem estar em ação neste momento.
Terremotos, chuvas, sol, desmatamento, mineração, os dias passam, a estupidez humana e suas obras gigantescas demolidoras do mundo, a montanha permanece.
A mudança é o fluir eterno, não somar, a busca de carinho, respeito e a noite se atravessa como faca ensanguentada no coração frio.
Marcadores:
Autoconhecimento,
Culpa,
Divorcio,
Fernando Antonio Rego de Azeredo,
Fernando Azeredo,
solidão
Assinar:
Postagens (Atom)