sábado, 10 de maio de 2014

A nova cidade do velho


               As mesmas ruas, novos trajetos, o olhar se desdobra nas possibilidades, ausências e significados diversos, no Caminho exercitar a serenidade para obtenção da Paz.
                Pode ser um samba onde se canta a dolorosa noite sem Voce, a existência de um sorriso que não é direcionado a mim, ecoam todos os ardores do sereno frio na noite com poucos barulhos urbanos.
O velho e o novo se interpenetram .
O velho e o novo se detestam, se complementam, são a continuidade que a barbárie não consegue alcançar. 
A necessidade do jovem , da ansiedade da conquista, dos milhões, a glória de superar a tudo e  todos, a extrema competição levada como valor choca- se com a constatação de um Vazio da existência ,  a maravilha esgota- se na reflexão:  de que vale isto ?
Como preenches o Vazio? Nunca se deu conta, não acredita, não o sente, não percebe, é melhor não pensar nisto, como resolvemos isto no Caminho? 
O desapego como a nulidade do querer, a sublimação do sangue que propõe- se a fazer o que os instintos ordenam , ou o que for preciso num juramento milenar.
O sentimento da cidade de sempre como descobertas e desafios , o  rejuvenescimento ou velhice iluminada, os zumbidos soam como ruído do Universo, a quietude de sentir o divino.
O amor é um sentimento escaldante.
O passar dos dias nos coloca em contato com a única certeza.

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