domingo, 14 de março de 2010

O Giri

Na vivência do Caminho através do Zen , do exercício da meditação pela espada e nas práticas da arte das mãos vazias, o estudo sobre os japoneses é um mergulho profundo no filosofar, na reflexão, na paz de espírito.

A cultura japonesa atrai em tudo que possibilitar desenvolver uma Sociedade menos desigual e mais humana e respeitosa para com a dignidade da pessoa humana.
O amálgama de culturas nos proporciona a experiência de conhecer o Universal.
Um conceito fundamental da cultura japonesa são as obrigações do indivíduo.
O pagamento mais difícil de suportar.
O Giri.
Não existe equivalente em língua portuguesa.

É conceituado como uma obrigação moral de categoria que não existe equivalente em outras culturas, segundo Ruth Benedict em sua obra O crisântemo e a espada.
Não se pode compreender os rumos de ação empreendidos pelos japoneses se não for levado em consideração.
São a base de suas motivações ou de seus dilemas com que se defrontam na vida.
O Giri tem ligação com as obrigações íntimas para as quais nasce.
O Giri inclui todos os deveres que se tem com a família.
O Giri tem haver com o interior e o exterior e está conectado a deveres para com a família além dos parentes sanguíneos.
Os japoneses não condenam a auto- satisfação. Não são puritanos.
Consideram os prazeres físicos bons e dignos de serem apreciados.

Refletir sobre categorias morais é um profundo olhar sobre si mesmo.
Manter a imaculada reputação de cumpridor de seus deveres e responsabilidades.
Saber desfrutar dos prazeres da vida e cumprir com suas obrigações.
Desafio constante até a morte.


sábado, 6 de março de 2010

Os limites da pessoa

Um deserto nas idéias.
Uma dor que não passa.
O acostumar com ser menos do já fora.
Quando correr como uma gazela era ótimo.
Quando sentir- se forte, viril, gigantesco era algo imprescindível e obtido.
Quando o mundo era algo a ser conquistado.
Todos os sentimentos permanecem os mesmos.
A consciência de ser poeira cósmica transcende a razão.
Mas o mundo é a conjunção de improbabilidades.
E a vida é cada dia uma conquista única.
Somos o incremento diário de nossas atitudes e do inexpugnável giro do Universo que nos envelhece.
A morte, o prazer e o patrimônio.
Nossa espiritualidade, o conduzir dos dias , a eterna insatisfação.
Não precisa fazer sentido.
A questão é ser feliz.
Ter a velhice tranquila?
Morrer em Glória?
A morte caminha ao seu lado todos os dias de sua vida.
Sorria para ela diariamente.