terça-feira, 22 de março de 2011

Reflexões sobre a perda


Quando estamos em situação de perda buscamos nossas forças.
A crueldade nos faz menos humanos, a mágoa é o veneno do fluir da vida.
Desfazer, amainar, meditar , a fonte da prática constante.
O Caminho é o combate diário, a busca do amor, a vontade inarredável da felicidade, do sorriso, do gosto do bom e do bem.
Superar a perda é mergulhar no Tao, no Cristianismo, pescar dos seus valores, de suas mágoas, da experiência da dor, mesmo que racionalmente perceba que ela é sempre presente e só o fluir do tempo cauterizará.
Enquanto estamos vivos a luta permanece.
Quando sente- se injustiçada, desrespeitada, incompreendida, ou sem motivo algum, como diz o poeta, simplesmente acontece...
A primeira reação se dá quando a vítima e/ou o doente não acreditam que a sua vida está em riscos. Ela nega a situação.
E não levam muito a sério a situação, até o momento que constatam que realmente estão correndo riscos mortais;
A segunda fase é na maioria das vezes a raiva ou a fúria ao constatar que as perdas são inapeláveis, e os sentimentos são contra o agressor ou a doença;
A terceira fase vincula- se a negociação ou barganha e explode quando o sentido de sobrevivência bate na vítima e/ou no doente, eles buscam barganhar com o agressor ou com Deus as suas vidas;
A Depressão se instala quando eles notam que não haverá barganha e o quadro mortal não pode ser revertido, a vítima e/ou o doente entram em estado de depressão, chorando e analisando as suas fragilidades e os seus problemas pessoais;
Aceitação – Quando não há mais nada a fazer ou para sofrer, a vítima e/ou o doente atingem o estado de resignação, aceitando a morte, independente das suas vontades.

O Samurai inicia seu dia em toda a sua vida em estado de Aceitação.
A partir daí o olhar da montanha.
A coerência é a fonte do caráter.

Nenhum comentário: