terça-feira, 2 de novembro de 2010

Otimismo sustentável

Olhando para a cidade e lembrando que foi criança aqui...
Quando corria para ficar capaz de passar em provas...
A insatisfação de não saber, a curiosidade interminável, as árvores de chorões na rua , andar sem mêdo , entrar nas matas e ficar brincando olhando os riozinhos, os pássaros, a Universidade sem muros.
O sonho de um saudosismo futurista.
Nunca houve tanta riqueza, múltiplas formas de combater as doenças, a infinita quantidade de alimentos, o conforto pela eletricidade e água.
Em eterno contraditório a impressão do caos urbano, da indiferença como regra no convívio humano, a sensação que os sentimentos não tocam, o necessário é dinheiro e por- se a disposição conforme as necessidades.
Os mais velhos também confirmam ansiedade como regra.
E a busca pelo bem supremo, as dúvidas sobre a eternidade, o tempo nas facetas do êxito, do prazer e do dever?
No hinduísmo estabelece- se quatro metas na vida, dispostas em fases, conforme a vida vai fluindo: as posses materiais, o prazer e o amor, os deveres religiosos e morais e finalmente a redenção, a liberação espiritual.
Na fase da liberação espiritual o cidadão se completa sendo um errante e mendicante...
Existem outras formas de transitar .
A velhice viajante e consumista, a dança de estar vivo esperando a hora...
No dia dos mortos, quando no Caminho rendemos honras aos antepassados, observa- se o silêncio sobre as perguntas fundamentais.
As notícias versam sobre a previsão dos planos são para o próximo governo, as bombas nas embaixadas, a eleição dos norte americanos.
Agora vem o frenesi do Natal...
A solidão em compras e as angustias de reunir...
O que voce vê na realidade?
A sensação de pensar sobre o pensar é descrita pela cultura judaica como o sair da idade da criança...
O mundo é do tamanho de seus desejos.

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