quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Conto rápido

São lancinantes as decepções de amor.
Surgem as histórias pela colagem de todos os desabafos em que somos honrados no Caminho.
As falas que buscam compartilhar a dor, talvez o bálsamo do alívio ao ouvir a própria voz como vítima de outro, mas no fundo somos mártires do amor por nós mesmos...
O sentimento embriagante, que nos faz adolescentes em qualquer idade, que desperta o que existe de melhor na sensação de estar vivo.
Esta é a sensação que desejo que Voce compartilhe.
No entanto somos brindados com estas histórias...
Ele sabia tudo a respeito dela.
Conhecia sua família, eram seus parentes , alguns tinham seus sentimentos descritos como o segundo pai, a segunda mãe.
A conheceu entre insuspeitos.
Uma festa da família.
Um ambiente onde o respeito imperava.O bom tratamento, a compreensão.
Apaixonou- se perdidamente, encantou- se.
Explicou seus limites, suas dores, tudo que tinha a oferecer, os cuidados que aquela convivência exigiriam.
Uniram- se, ele compartilhou seu patrimônio, suas contas, o cartão de crédito.
Entre quatro paredes descobre- se frágil perante a fera insensível, que o humilhava continuamente.
O amor o fez suportar calado durante muito tempo.
As exigências subiam, os maus tratos aumentavam, acabou expulso da casa.
Passou a ser desprezado, humilhado, ofendido.
Diz até hoje que a ama, gosta, gostava, não deve gostar mais é a instrução que recebe.
Descobre que foi enganado em seus sentimentos, que tudo não passou de uma forma de levar seu patrimônio, vê agora uma pessoa maquiavélica que tentou interná-lo, quase o induziu ao suicídio.
Está sem casa, repleto de dívidas, despojado de seus bens, ameaçado a ter de pagar uma indenização.
Acreditou no amor e foi barbaramente enganado.
Ainda bem que não foi com Voce.

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