segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Contraditório e calmaria

Quando parte alguém querido um pedaço da memória parece explodir...
O que conversavam, o que viveram juntos, que diálogos estariam ocorrendo se voce estivesse aqui?
Vivemos imersos na contradição, na maneira de lidarmos com a ansiedade, na luta pela sobrevivência.
A compreensão do mundo vem da percepção.
Qual percepção, como a construimos?
A construção da realidade de cada cidadão vem da acumulação de cotidiano no cérebro, da transformação da matéria, das opiniões que conseguimos formar.
O intelecto e a lógica são as formas acessíveis de estarmos conscientes do mundo, mas embebidas pelas emoções são o ponto de inflexão entre a Ciência a Espiritualidade e nossos apetites mais animalescos...
A grande história, escrita pelos Imperadores, Presidentes, e nossa pequena história se interpenetram pelas influências que os grandes nos trazem...
Como seria bom não temermos governantes, não ouvirmos mentiras e promessas vãs...
A discussão da grande história do Brasil atual é a ausência de novidade, o continuísmo indigno , a lógica ditatorial impregnada na idéia de ricos contra pobres, burguesia e capitalismo como escalas de valores antagônicos a serem combatidos, enquanto o que realmente queremos é viajar de avião e bons hotéis para desfrutarmos aquele rico dinheirinho...
O Presidente é Presidente de segunda a sexta e sábado e domingo vai fazer campanha...
Somos informados que é a maior taxa de aprovação da história , que este cidadão é o melhor Presidente do país...
O risco de se insurgir é o escárnio, a violência, a Justiça na velocidade adequada a favor dos poderosos.
O conforto é que todas as histórias são semelhantes. E elas passarão.
Ao lermos os Doze Césares de Suetônio, século 5 dC., verificamos muitas semelhanças com as intrigas e corrupções nacionais.
Quando mais se estuda o mundo externo e se torna consciente da natureza humana somos levados a pensar nas grandes verdades.
Se o que dissemos e escrevemos é valoroso , somente o julgamento do mundo e o que ele significa?
A eternidade de 5000 anos?
Nossa lágrimas se devem a nós mesmos, aos amigos chorando, pois todos felizmente nos tornaremos pó.
A doutrina Zen inspirando as reflexões no momento de busca de consolo.
Somos água dentro de um vaso.
O vaso em algum momento vai quebrar.
Pense no acontecerá quando voce morrer.
Voce vai morrer e alguém vai nascer.
Esse alguem vai se sentir exatamente como voce se sente agora..
Será um ''eu''.
Só existe um ''eu'' com variações infinitas.
Não se preocupe, quando morremos não ficamos em um quarto escuro por toda a eternidade...
O desapego é um indício de sabedoria.
Um pedaço de mim se foi .
Inspirado em Alan Watts
O que é Zen?

Dedicado a
Cleon Conrado Burher Junior , falecido em 05 de setembro de 2010 as 21 horas em Curitiba.

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