domingo, 17 de março de 2013

Olhando frontalmente


No Caminho e as palavras em sequência de desatinos.
Os gregos deixaram os mitos do Tempo e do Caos como a origem deste amor incontrolável.
Será a saudade uma fonte de infinita energia para a não desistência de amar Voce?
Mil vozes e uma tempestade estão a falar teu nome no subconsciente do Universo. 
O som intermitente que nenhum médico oferece alívio e cura,  a racionalidade chama de música de fundo da grande explosão sem sentido inicial. 
Desta surgiu a paixão, a guerra, a sobrevivência como justificativa de tanta gula e insensatez...
A fúria, a vaidade , o medo e a ganância dão o verdadeiro tom da filosofia.
Estamos longe do ideal.
Nosso desejo é que tudo fosse sucesso, rosas, alegria no teu rosto  e uma vontade de que nunca passasse aqueles momentos de carinho intenso...
Hoje estou como laranja chupada, ansiedade em fase de dia cinzento e a certeza de que o livro tibetano dos mortos tenta nos ensinar a viver mais amenamente.
Tento não esperar Voce como a única alegria neste coração cansado , a esperança de um silêncio reconfortante que avance além dos zumbidos e da dor de um Vazio que sabe que nenhuma visita a lojas ou prazeres mundanos amainará e prosseguiremos na lenda da guerra e da morte digna...

''Todos aqueles que, imprudentes, não atentam
Para quando aparecem os mensageiros da Morte,
Durante muito tempo sentirão a dor
Habitando algum corpo- forma inferior.
Mas todos os homens bons e santos,
Ao verem os mensageiros da Morte,
Não agem impensadamente. mas dão ouvidos
Ao que a Nobre doutrina diz,
E, no afeto, amedrontados vêem
Do nascimento e da morte a fértil fonte,
E se libertam do afeto,
Extinguindo assim o nascimento e a morte.
Esses são seguros e felizes,
Livres de todo este espetáculo fugaz:
De todo pecado e medo isentos,
Dominaram todo sofrimento.''

Anguttara- Nikaya III,, 35.


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