sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

0 que vem depois?

Aguardando os acontecimentos depois do diálogo em que se conclui que não somos nada.

Somos passageiros do planeta que não nos transforma em Deuses, e a memória não deve ser tão importante.

Como se livrar das glórias humanas?
Como ser transcendental, imersos na tecnologia e nas demandas diárias?
Diariamente bombardeado por alguns acontecimentos da realidade cotidiana.

O podre é espetáculo.
A miséria é lucrativa.
A dubiedade é o valor constante.

Sarney continua no Poder, Arruda está preso ainda.
A Guerra no Afeganistão continua e a Guerra do Iraque é motivo de filmes a serem premiados.
O Presidente do Brasil apoia Fidel Castro e também estende sua mão com uma visita de retribuição ao Irã nuclear.
Não está só.
Os japoneses também apresentam sua oferta de vendas de usinas nucleares ao Irã.
O Presidente da Venezuela não acata o relatório de desrespeito ao direitos humanos realizados em seu país.
A Comissão da Verdade que pretende caçar os torturadores no Brasil tem a seu lado o orgulho de contar sua história a seus filhos.

Conta a tradição que um mestre Zen foi morar em uma aldeia, e tinha um filho.

Seu filho era forte, ágil, de boa índole, hábil no que se propunha a fazer.
As pessoas falavam :
Que benção mestre, que alegria !
O mestre respondeu:
Talvez.

Uma ocasião, passado os anos , o belo filho do Mestre, cobiçado e invejado , ao laçar um cavalo, sofreu uma grande lesão.
Tornou - se outro homem, manco, desfigurado em sua beleza, não possuía mais as suas habilidades e o vigor.
As pessoas falavam:
Que tristeza mestre, que desgraça a perda da capacidade de seu filho!
O mestre respondeu:
Talvez.

Certo dia, os enviados do Imperador chegaram a aldeia. Todos os homens que pudessem combater foram levados para a guerra.
O filho do Mestre foi considerado inválido, e o Mestre foi um dos poucos pais que não perdeu seu filho devorado pela guerra.
As pessoas falavam:
Mestre , apesar de todas as desgraças, seu filho permanece com voce.
Tudo acabou se realizando a seu favor!
O mestre respondeu:
Talvez!

Um comentário:

Rubia disse...
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