sábado, 9 de junho de 2012

Sob o signo das águas


O que existe de mais poderoso?
Superar qualquer dúvida ou temor, ir além do seu silêncio e desamor, enxergar  a força luminosa que esgota a escuridão.
 Esquecer o que não merece ser lembrado, preparar- se continuamente.
O mais completo, o que supera todos os vícios e virtudes, a madrugada, a eterna insatisfação, a rejeição e a covardia, a tolice e a fugacidade, qualquer tempo gelado  ou sensação de impotência?
Além da alegria,  da sensação de humano desrespeitado, impregnando na memória, arrastando tudo que esteja em seu caminho, gelando como o frio que resseca a pele e mata os mendicantes ao léu, além de nossa insensatez e indiferença  com os que estão vivendo  presos como cercados em arbustos espinhosos.
Não temer a angústia e a solidão, encarar a dor e o desprazer, ter olhos na cegueira da ilusão.
O abismal é a água.
A água flui ininterruptamente e chega a sua meta,ela preenche todas as depressões antes de fluir adiante.
A pessoa  livre segue esse exemplo e procura fazer com que o bem se  torne um atributo consolidado em seu caráter e não apenas uma ocorrência ocasional e isolada.
A água dá a vida e mata, congela , torna- se gasosa, preenche todos os momentos e espaços, lava nosso espírito pacificado.
A água como nosso signo, profundos e tormentosos, estimulante  de significados e mistérios , seiva da vida, insubstituível na sobrevivência do guerreiro.
Atravessar mil mares estando navegando  para o mesmo objetivo.
A ampla visão surge da contemplação do alto.
Tudo na vida passa.

Nenhum comentário: