sábado, 19 de fevereiro de 2011

Reflexões do coração partido

Ao mesmo tempo que estuda o Budismo verifica a beleza da arte de amar.
No Caminho quando atingida pela aflição é sentimento incontrolável.
A arte de amar de Ovídio (43 -17 A.C) é uma obra que atravessou os séculos, sendo modelo para os poetas de todas as épocas que se ocupam do Amor.
No Budismo a fonte de todos os sofrimentos é o desejo.
Refletir sobre a arte de amar é uma fonte para extirpar os desejos.
Pensamentos constantes sobre a energia que não tem fim e mesmo envelhecendo sente como se nada houvesse modificado.
O Amor alegra e faz sofrer.
Constroi e consome, traz lucidez e loucura.
No Caminho será uma fraqueza, algo a ser vencido pelos eternos renascimentos no sentido de maior espiritualidade, um desejo que não tem fim?
Quando o coração se despedaça e não pode gritar, sobra um gosto ruim e a tentativa de ver o lado bom das coisas.
Tentar descobrir se realmente não falar o que sabe é como se não houvesse existido.
O doloroso de dizer o que sente verdadeiro se confunde com a necessidade de que o fluir da vida tenha alguma pedra sem óleo, um pássaro buscando as gotas que lhe preenchem a existência, um rio menos poluído.
Ovídio ensina que a arte deve governar o Amor.
O Amor tem um ciclo e pensando sobre estes, será que ele renasce em novo karma como pregam os budistas?
Ovídio fala sobre evitar o ciúme.
Escreve que o amor dura quando a dúvida o alimenta.
Se quiser expulsá-lo tem que retirar o medo.
Em um capítulo entitulado os remédios para o amor, o poeta apresenta que seu objetivo é apagar uma chama cruel e libertar os corações de uma vergonhosa escravidão.
Que se liberem as algemas e derrubem os portões.
Para esquecer pense nos tormentos que experimentou.
O renascimento justifica todos os perdões.

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